Pregos exibidos pelo cineasta Simcha Jacobovici. Para especialistas, filme é peça publicitária
O filme de Jacobovici começa revisitando um túmulo encontrado em Jerusalém em 1990, apontado por muitos na ocasião como sendo o local de sepultamento de Caifás. De acordo com o Novo Testamento, Caifás foi o religioso que presidiu o julgamento de Jesus. Desde então, o local foi selado novamente.
Foram encontrados dois pregos de ferro no túmulo que, segundo o documentário, desapareceram misteriosamente depois de encontrados. Jacobovici afirma ter rastreado as peças até um laboratório de um antropólogo em Tel Aviv, em Israel.
O diretor acredita que o desaparecimento repentino dos pregos, torcidos e dobrados na ponta, pode ter sido um artifício para proteger a natureza das peças. "Se considerarmos a história toda, o contexto arqueológico e as provas, tudo parece dizer que os pregos foram utilizados em uma crucificação", acredita. "Uma vez que Caifás está intimamente associado à crucificação de Jesus, não é difícil concluir que esses foram os pregos usados."
O órgão do governo israelense responsável pela escavação em Jerusalém em 1990 disse que nunca foi provado definitivamente que o túmulo encontrado há 21 anos é o local de sepultamento de Caifás. Além disso, explicam, é comum encontrar pregos em túmulos dessa época. "Não há dúvidas de que o talentoso diretor criou um filme interessante com um artefato verdadeiro no centro. Contudo, a interpretação apresentada não possui base arqueológica", informou.
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